domingo, 28 de setembro de 2014

 Passos lentos



      Esse é o sexta atualização do blog. Continuamos à passos lentos, mas sábios. Lentos como um pesar de passos de um paquiderme, passos que podem se tornar mais destruidores do que passos mais rápidos que a mente. 
    Na verdade estamos indo, desde 1986, numa direção que não sabemos aonde isso vai nos levar. Mas garanto que já pisamos muito fundo em quem queríamos pisar e livramos muitos corpos que queríamos livrar. E deixamos muitas pegadas, muitos rastros. quem quiser seguir, que siga. Não fazemos exercitos, fazemos guerras !     


                                               G. Burkhardt









  DUNKELL REITER – UNHOLY GRAVE – MG

Com uma musiquinha com um clima meio fantasmagórico, saída provavelmente de uma caixinha de música, o cd começa disparando de repente aquele nosso velho amigo Thrash. Sem devaneios ou invencionices, a primeira faixa, Unholy Grave, apresenta o que de melhor a banda tem a oferecer: pegada e felling perfeitos para o estilo. Be Thrash Or Die começa à La Slayer (com direto a agudo) seguida damúsica, que para mim, representa a essência da banda. Eternal Nightmare totalmente Kreator do Endless Pain, metalzão alemão, fudida, fudida mesmo, com Jonatha Reiter espancando a bateria e as guitarras de Rivelly Assassin (também um grande vocal) e Rafael Reiter detonado com precisão. Evil Never Dies segue uma linha mais “cadenciada” se comparadas com as outras faixas e com o refrão mais contagiante do cd. Soldiers Of hell vem em seguida violenta como as outras e Evil (Possessed Evil Fate) aumenta essa sensação de brutalidade. Com um dedilhado a 7ª música começa mais trabalhada, onde a audição do baixo muito bem colocado de Roberto Otrebor se faz mais presente e ainda por serinstrumental mostra um lado fuderossissimo e mais melódico da banda com solos de alto nívelterminandotambém num dedilhado,causando ainda mais impacto para a matadora Assassin. Tudo perfeito, da produção muito boa da própria banda e Fucker (*?) à parte gráfica com encarte, muitas fotos e uma fantástica arte de capa da artista tatuadora Carina Alok, sem sombra de dúvida que além das bandas, até os nossos artistas visuais estão cada dia melhores e já alcançando um nível internacional.
Se alguém um dia inventar de modificar o Thrash vai ter muito trabalho para passar por cima do meu velho cadáver!
                                                                                             G. Burkhardt




MADDÖG – POSSESSED BY FUEL- Demo – SP

Se o som é podre, com resquicios de vagabundagem, imoralidade e marginalidade, está a um passo de ser aprovado por mim. Stooges, Alice Cooper, Tom Waits, Alex Harvey, punks geral, sempre usaram dessa artilharia para incomodar e ao mesmo tempo se divertir, porque sinceramente, tem bandas que se levam tão a sério que se tornaram burocratas trabalhando para elas mesmo. A demo propaga 4 faixas doentias, com o vocal de Erick Maddög (também guitarra e bateria) soando um pouco Tom Warriror, com guitarras infernalmente simples que as vezes parecem querer soar fora de tom e desafiadoras, numa época em que todo mundo é músico e a música do Maddög intencionalmente caminha para o lado contrário. Essa é a veia punk/anarquista. Erick vem acompanhado de Execrutör, guitarra e baixo, que também toca em várias bandas e é seu comparsa também no Flagelador. Podreira, sujeira, sem-vergonhice extrema. E eu gosto !
                                                                             
                                                                                              G. Burkhardt




REALIDADE ENCOBERTA – MOMENTOS ANTES DO CAOS – PE

       Depois do instigante EP “        “, esperava ansiosamente pelo priomeiro fullleght do Realidade Encoberta. A banda é uma das mais tradicionais da época de ouro do movimento punk em Recife, eu mesmo acompanhei lá pelos idos de 80, através de coversas com o finado Nado, criador da banda, as primeiras idéias do que seria o RE. Pensava-se atéusar dois baixos sem guitarra para tornar a proposta mais original. Bem, tudo isso é história e histórico é esse lançamento que bota muito som de moleque no bolso. Primeiro, se a proposta é de letras que falam e criticam o nosso cotidiano é lógico que tem que ser em português, a pegada crossover que a banda sempre teve se mantém firme e mais forte ainda, até mesmo porque na formação atual tem membros de bandas Thrash aqui de Recife, (Firetomb, Cruor e ex-membro do Oddium). A pegada da batera do monstro ZK Aranha é sempre empolgante, a entonação e dicção do vocal de Carlos Underground está perfeita, o baixão com paradinhas bem hardcore de Marcelo Magal está com um peso colossal e as guitarras de Paulo André e Túlio Falcão vomitam riffs e mais riffs de uma beleza brutal impressionante. Letras bem escritas sem soarem panfletarias. Ainda de presente a faixa Cabeças da Miséria com os vocais de Henrique Poço, aquele mesmo ex- Anthares, que também é Pernambucano e Jorge Buldog o bicho atrás do vocal do Oddium.
          Destaque? É difícil.Tudo soa coerente, novamente instigante, bem gravado, capa muito simples mas muito bonita feita por Hugo Veikon da site  Arena Metal e baterista do Falling In Disgrace também de Pernambuco. Ou seja: criado, feito, acompanhado, admirado, apoiado e respeitado por pessoas que fazem a cena Pernambucana e isso me traz uma sensação miserável de pernambucanidade.
                                                                                                    
                                                                                            G. Burkhardt




ALBOR – UNKNOWN – DEMO – NATAL – RN

          A quantidade de trabalhos despejados hoje, só no mercado nordestino, tem também seu lado negativo: muitos trabalhos terminam passando desapercebido. Cheguei mesmo a visualizar a belíssima capa do “Unknown” (feita por Wellington e Tiago Prado) e pelo correria do dia a dia só agora pude conferir a maravilha de Doom Metal que os caras fazem. Se você é fão do Candlemass de inicio, caia de cara. É incrível como algumas pessoas tem o dom de reformular o que já foi reformulado diversas vezes e conseguir tornar a coisa empolgante. Empolgante mesmo, porque é de arrepiar, faixa a faixa são despejados aulas de bom gosto e competência, com uma intro e mais 5 viagens, não muito arrastada, mas sem pressa, porque devagar também se vai longe. A sensação é de que aquelas músicas já eramclássicos do Doom em 90, mas aí é que impera a beleza, principalmente em TwilightApocalyptic, essa sim um clássico incontestável e com um refrão fuderosissimo que gruda na sua cérebro como um câncer. O vocal de Wellington é perfeito, limpo à lá Messiah do Candlemass, e com muito alcance e pronuncia segura. Foda mesmo. 
             Um outro detalhe para aumentar o climão são os teclados de Tiago, por vezes lembrando até timbres do grande UriahHeep como no solo da música título, Unknown. Complementam os hinos as guitarras criativas de Gladstone e Rodrigo o baixo de Josivan e a batera de Mude. Gravação perfeita feita em março e abril de 2013 no TritonoStuidio em Natal.
                É Doom com tom épico para trazer tristeza mas com uma vontade de guerras !
                                                                                            
                                                                                    
                                                                                          G. Burkhardt





ANTICHRIST HOLLIGANS – WE WILL PISS IN YOUR GRAVE - SC

         A força saída da abertura com a instrumental Erta Ale já prepara o clima poderoso desse trabalho. Satanic Whore imprime os gritos de Tom Araya para uma avalanche de grandes riffs e aquela batida nos chamando para o banguer. Black Masses In Paradise com todos os ticks do Thrash alemão, principalmente no vocal a lá Schimier, com certeza um dos vocalistas mais “copiados” do Metal.Heavy Metal Attack desacelera um pouco sem perder a crueza para apenas alguns minutos depois Infernal Chaos nos joga em rodas involuntárias. Pesadona e maligna é a Nuclear Beer Drinkers e o metalzão germânico volta a falar mais alto com um clima à Eternal Pain na fuderossíssima Kill Christ In Your Heart. E para quempensa em baixar a guarda, We Are Antichrist Hooligans entra como uma pedrada no seu pé de ouvido e a pancada é tão forte que arrepia o seus pelos que encobrem sua alma de banger. A próxima Metal Punk expõe a proposta estética/musical da banda e mais uma vez, com The Name Of War, o espírito germânico volta a assolar de forma primorosa lembrando os velhos tempos de obras como Infernal Overkill para depois fechar o trabalho com a 12º obra prima Toxic Invasion.Gravado em 2011 e só lançado agora em 2014 com uma produção perfeita, capa em preto e branco, desenhada com muita propriedade pelo próprio vocalista e encarte muito legal, mesmo não tendo as letras. 
              As “criaturas” que resolveram nos oferecer esse tratado de Thrash, se auto intitulam da seguinte forma: Cataströfe Nuklear (atomik thoat and radioative blasphemier), Satanir Metal Impaler (sonik destruktion), Evil Invoker (extreme torment) e Kranium (hellish mayhem). Agora tirando o primeiro, não me perguntem o que cada um toca. Mas é por tanta ironia, raiva, agressividade, diversão, como uma sincera declaração de “amor” ao Thrash é que fizeram uma das mais fudidas obras do estilo lançado no Brasil. Simplesmente esporrante.
                                                                               G. Burkhardt





SKOMBRUS – CRACK MASSACRE – DEMO – SC

                Sincero e esmagadoramente direto, a começar com as letras. Soco Na Cara já diz tudo, nada de meias conversas, historinhas de dragão ou guerras em continentes tão distantes geograficamente quanto da nossa realidade. Aqui o assunto tratado por LuisMadrunner (bateria), Robson SkombruS (guitarra), Rodrigo Silva (vocal e guitarra) e Ronaldo Pereira (baixo) é violência, consumo de crack, porradaria em geral. Assuntos retos e direto como o Thrash Metal instigado praticado pela banda. As outras duas faixas são Crack Massacre e Olho Por Olho. Gravado, mixado e masterizadono estúdio Porroks e produzido pela banda. Arte de Robson Echeli.Pela demo já imaginamos a lição de violência ao vivo.
                                                                                   
                                                     G. Burkhardt





R.I.P. SOLDIER – THE TRUE SOLDIERS NEVER DIE – PE

         O R.I.P. Soldier foi uma banda Pernambucana que gravou esse trabalho no final de 2009 a Janeiro de 2010, mas por motivos diversos acabou e não colocou essa obra no mercado. Esse ano, através de um selo russo, essa injustiça foi sanada. E com essa atitude nós saímos ganhando, porque esse trio pernambucano sacava muito de como levar o Thrash Metal as últimas conseqüência, executando com muita garra todas as leis que tornam o estilo tão apreciado, imutavel e ao mesmo tempo renovador. O cd vem num formato digipack, a gravação muito boa e 10 pedradas do mais puro sentimento de raiva e vigor. Começando com uma introdução lenta e dedilhada para enfrentarmos uma guerra de armamentos velossissímos conduzidos porThiago no baixo e vocal, Nicholla Radamés nas guitarras (atualmente no BeastConjurator) e Davison na bateria. Bombardeio após bombardeio, vamos sendo conduzidos e seduzidos pelos contos de guerra, que pelo nome da banda e títulos das músicas , é o tema central da banda.Agora, todo disco tem detalhes mínimos (palavras, ruídos, efeitos..) que complementam e enriquecem a obra, no caso de The TrueSoldierNever Die é o grito, uma única palavra, no ínicio de The WhoresNever Back, “FUDEU!”, que enche o trabalho de veracidade e maloqueragem brasileiríssima onde nps identificamos de imediato.Esse trabalho está fadado a se tornartornaritem de colecionador, pois foram lançados apenas 100 cópias pelo selo Russo GS Productions. Portanto corram atrás do seu que o meu eu já garanti. FUDEU !!!!!
                                                                             
                                                                                          G. Burkhardt




NECROHUNTER – HUNTER’S CURSE – PB

            Depois de extravios do nosso "competente" serviço de correios, chega finalmente na minha mão “Hunter’s Curse. E como tudo que é bom, o sofrimento pela espera se mostrou compensador, porque apesar de já ter ficado impressionado com a banda num show em Campina Grande em 2013, a qualidade do cd me deixou empolgado e com a certeza do alto nível atingido pelas nossas bandas nordestinas. Gravação perfeitas, músicas compostas com maestria. Death Brasileiro com leves pitadas em alguns riffs de Thrash assim como também em algumas pegadas da bateria como emI Sacrifice e AbhorIs Earth. E a bateria de André Felipe já tinha chamado a minha atenção ao vivo com todo o seu peso e criatividade enriquecendo ainda mais as variações das músicas. O vocal de Mauro Medeiros é Death puro e ainda empunha uma das guitarras acompanhado por Petrus Carvalho. O baixo pesado ficou a cargo de MarcéuBrito.Capa afiadíssima com uma arte foda e de muito bom gosto feita por Adi França, mostrando que a estética oldschool não precisa ser sinal de tosqueira infantil. O encarte também ficou muito bom, porque além de todas as letras tem um desenho também muito foda dos integrantes devidamente sanguinolentos. Não tem nenhuma faixa para destacar aqui nesse cd, porque tudo se nivela por cima. Doze faixas compostas (tudo por Mauro Necrohunter) e tocadas para ficar gravado na sua mente com aquele mixto de violencias e classe sem precisar apelar para extremismos e com uma noção melódica que poucos conseguem unir de forma tão coesa com tanta brutalidade.
                  Cacem esse cd com toda a fúria de suas almas.
                                                                                           
                                                                                                  G. Burkhardt




SUFFOCATION OF SOUL – THE FIRST ATTACK – BA

                O título provavelmente faz uma relação por esse ser o debut do Suffocation Of Soul, apesar deque a demo Demoniac Empire e o EP The Last Way Of Madness não pouparam artilharia e se aquilo não foi um sinal de ataque... Nesse excelente trabalho de 2014, a banda vai desde o Thrashão de Urban Cancer, com um refrão maravilhoso (característica forte da banda), Dead World e The First Attack, para na quarta faixa nos transportar para os anos 80 com um cover empolgante do Taurus colocando momentos a NWOBHM e toda aquela pegada melódica que havia nas bandas da época, carimbando de vez esse lado da banda com a música Heavy Artillery, mais old impossível. A pancadaria volta para nos trazer a esse século com H.T (UnholyInvasion) a mais cacete de todo o cd. A banda mostra muito cuidado e segurança nos instrumentos com Tarcísio e Maurício nas guitarras, André no baixo e Marlon na batera na faixa de mais de 10 minutos totalmente instrumental e fechando o cd as instigantes Prelúdio Nuclear War e The Last Way Of Madness que já apareceram no Ep.
Assisti a banda ao vivo recentemente e fiquei impressionado ao constatar que o SOS é tudo e ainda mais, pelo poder da adrenalina que eles ativam num show ao vivo. Muita competência, criatividade e garra dessa banda de Porções-BA. Esperamos que o inimigo seja forte e não recue tão fácil para que não cessem esses ataques sempre benvindos no nosso underground.
                                                                                               
                                                                                G. Burkhardt





            É muito bom ver que estamos não só crescendo na qualidade musical das nossas bandas, mas também estamos descobrindo grandes ilustradores aqui no Brasil, no mesmo nível de Ed Repka, Andrei Bouzikov , brasileiros como Giovanna Guimarães e a mineira Carina Alok, essa última além de ilustradora também é tatuadora e guitarrista e como de costume as entrevistas aqui nesse espaço não se resumem apenas à bandas, mas também pessoas que fazem movimentar a cena e que com seu talento e profissionalismo contribuem para fortalecer e enriquecer artisticamente o underground brasileiro.


-Qual a sua formação na área de artes visuais?

-Sou formada em Design Gráfico pela Universidade FUMEC.

-Sei que você até flertou  com uma carreira relacionada aos quadrinhos. Como foi isso e porque você não deu continuidade a esse projeto?

-Alguns anos atrás, um agente de talentos responsável por representar grande parte dos desenhistas  brasileiros que trabalham no mercado americano de quadrinhos, avaliou meu portifólio e se interessou pelo meu traço. Então eu fiz alguns testes para tentar ser quadrinista. Mas foram apenas testes. Nada demais. Eu não cheguei a ilustrar profissionalmente para  nenhuma editora de quadrinho. Desisti logo no início.  Na verdade, eu não estava muito interessada em me integrar nesse mercado na época em que me surgiu a oportunidade. Eu estava mais interessada a me dedicar à música, pois minha banda tinha assinado um contrato com uma gravadora no mesmo ano.


-Quais são suas maiores influências como ilustradora?

-Frank Frazetta , John Buscema, Alex Ross, Luis Royo, John Romita, Frank Miller, Will Eisner, Albert Uderzo, Robert Crumb, Harvey Kurtzman, Milo Manara, etc.

 -03 anos



-Ao tatuar, você  se preocupa em criar um estilo próprio e em qual estilo de tatuagem você acha que se sai melhor?

-Sim, eu procuro criar um estilo próprio para tatuar. Acredito que atualmente eu esteja me saindo melhor no black & gray. Mas eu também gosto muito do estilo neo traditional e estou estudando e praticando bastante para evoluir mais nele.



-Conheci o seu trabalho como ilustradora pela capa “Unholy Grave” da banda mineira Dunkell Reiter, sei que não foi a primeira vez que você fez trabalhos para bandas, quais outras bandas você já produziu artes?

-Eu desenhei uma capa para a extinta banda de black metal Perpetual Dusk. Fiz duas capas´para o Eternal Torture, uma banda de death metal que também não existe mais. Para o Dunkell Reiter, além do "Unholy Grave", eu fiz também a capa do "Death and Pain". Desenhei a capa do "Sangue ou Glória" para o Exorddium. E fiz também duas capas para o Tianastácia, a única banda para qual eu ilustrei, que não é de metal.


-Que técnicas você utilizou na ilustração para a Dunkell Reiter?

Eu fiz um esboço a mão livre e dpois finalizei no photoshop, colocando cores, sombra e luz.

-Você também é guitarristas e toca ou tocava na AgaureZ.  Como está a banda no momento e quais seus projetos na área musical?

O Agaurez retornou em 2013, após sua separação em 2008. Atualmente estamos trabalhando em novas músicas e em breve lançaremos um EP.

-E sobre o estúdio de tatoo, o Original Dragão? Onde fica, como funciona, quantos trabalham nele? Fale-nos um pouco sobre o espaço.


O Original Dragão Tattoo Studio fica em Belo Horizonte, numa loja de dois andares, na região da Savassi. Somos 3 tatuadores.


 -Além do Facebook, existem outros espaços na mídia onde você divulga os seus trabalhos? Se existe, informe os endereços ou links.

-Sim, meus trabalhos podem ser encontrados nesses links:
http://www.originaldragao.com.br/
http://originaldragao.blogspot.com.br/
http://alokartz.blogspot.com.br/
Estúdio de Tatuagem de BH
www.originaldragao.com.br

-Se quiser deixar alguma mensagem, contatos, esporros...  fique a vontade !


-Quero deixar os links para quem quiser conferir o som do AgaureZ e acompanhar as novidades da banda!
https://www.facebook.com/agaurez
https://soundcloud.com/user7057073

E quero te agradecer pela oportunidade de participar da sua zine! Valeu demais!! lml







  Nessa seção é apresentado e discutido elementos estéticos musicais ou de conteúdo que se aproxima da filosofia de liberdade e anarquia que esse espaço as vezes contém. Portanto os vídeos aqui inseridos não seguem propriamente uma lógica cronológica de lançamento, nem obrigatoriamente estará preso somente a questões musicais. e mesmo que nos seus originais as imagens foram confeccionadas com cor, aqui recorreremos ao preto e branco que são as cores do mundo do Acclamatur.  


        A MIASTHENIA, não poderia nos trazer imagens de outra forma:quase em preto e branco, registradas nos submundos naturais do nosso planeta, as cavernas do Parque Estadual Terra Ronca, Goiás, equivalente físico das infra regiões relatadas na parte lírica da banda.    
   Com a vocalista/tecladista Hécate substituindo com vocalizações perversas, a sensualidade adotada pela maioria dos vocais femininos, aumentada por uma performance realmente macabra. A música faz parte do cd “Legados do Inframundo”, lançado esse ano. O vídeo foi produzido por Caio Duarte (BroadBand Studio) em abril e dezembro de 2013. Completam a formação dessa banda de Brasília, Thormianak (guitarras/baixo) e V. Digger (bateria). Na coluna Scripturas está a letra de Entronizados na Morte para acompanharem com o audio do vídeo. Assistam, leiam e mantenham a Coluna ereta !










                         
     
     Num tempo negro de Sepulturas, Sarcófagos e Holocaustos, uma ameaçadora figura de um Chakal, para uns um divulgador de terror, para outros uma figura mítica da justiça nos tempos das grandes pirâmides, estava se materializando na forma de cinco elementos: Willian Wiz, Destroyer, Mark e Sgôto encabeçavam uma das melhores consagrações da música brutal expelida com a maldade de uma criatura por vezes vista como perversa.
             O fato é que 1985 mostrou que nem sempre um Belo Horizonte é sinal de brandas nuvens. Em meio à tempestade causada pelo surgimento de monstros criadores de músicas que iriam mudar para sempre o cenário mundial, uma outra consagração à criatividade surgiu e em pouco mais de um ano já com uma figura esquelética encabeçando a voz do Chakal, apareceram na coletânea de hinos mineiros chamada Warfare Noise
        Vladimir Korg levou o instinto animal do Chakal para outro patamar por sua interpretação magistral, como os antigos ícones do Progressivo anos 70. E de forma abominável mostraram para o mundo que Minas seria capaz de gerar muito mais aberrações que já havia surgido.
         
         Em 1987 surge "Abominable Anno Domini", uma obra tocada por Mark e Necromancer nas guitarras, Destroyer no baixo, William Wiz na bateria e Vladimir Korg nos vocais.  E em meio a muitas aparições cada vez mais a banda precisava, como no ano seguinte, mostrar que não ficava satisfeita em estar “Vivendo com porcos”. Lança uma pequena e questionadora obra de apenas duas faixas, mas que mostrava o quanto esse Chakal , assim como o terrorista, podia nos assustar com sua facilidade em se adaptar sem perder a sua maldade.
         
           Mas mesmo com o terreno conquistado pelo Chakal, em 1989 uma Névoa quase mística aproximou-se demasiado de Korg, levando-o para um outro sombrio projeto musical. Mais uma vez o cão se esgueirou e atacou na hora certa sem perder o reflexo, mostrando que o “Homem é o seu próprio chacal”, que se não se mantém reto nos seus próprio ideais, pode se auto devorar. Porém a extinção do Chakal estava muito longe do real e o poder de recuperação da criatura encarnou em Marcelo L. nas quatro cordas e vocal. Reassumem em 1990 o poderio do terror estendido pelo sucesso e reconhecimentos alcançados, até na Europa.
       
        Como um animal, que ferido e acuado se torna mais perigoso, em apenas um ano matando toda a expectativa de fim da banda, e com a arregimentação de mais seguidores,eles provam que nem sempre“A morte é um negócio solitário” e continuam matadores nas suas composições.
       Porém a alcateia prepara uma surpresa, uma entoca de 11 longos anos nos fez esquecer um pouco aquele clima de medo, mas retornaram não apenas com um título ameaçador falando de “Terra Morta”, mas também com a formação considerada clássica do 1º disco e uma música que também inseria momentos de puras imagens cinematográficas, uma trilha sonora inspirada no terror de George Romero.

        Já em 2004 passando do terror psicológico para o propriamente físico, nos açoitaram com a brutalidade e perversidade que só um “Demônio Rei” poderia inspirar em seu poderio Thrash, nos moldes que só um Chakal poderia apresentar. A alcatéia continuaria esquiva e depois de furtivas aparições, voltaram em 2013 decididos a destruir o que ainda não conseguiram no auge desses 27 anos de puro terrorismo. Exigindo justiça e o reconhecimento de que nunca devemos dar as costas para um animal tão furtivo, porque no momento que parece haver segurança e paz, como numa Minas na década de 80, o terror pode se esgueirar e cravar seus dentes com um único intuito de “Destruir, destrui e destruir”. E assim estaremos fadados a conviver com o terror que espreita por trás de um arbusto, uma duna, um assassino querendo desenterrar nossos ossos, que assim como a entidade egípcia, pode estar apenas em busca de justiça.

                                                                      G. Burkhardt




ACCLAMATUR é : Guga Burkhardt & Nina Burkhardt
Diagramação e Ilustração das capas, colunas Videre, União e Contos Mórbidos: Guga Burkhardt
Agradecemos à todas as pessoas que estão conosco todos esses anos, não é preciso citar nomes, elas presentem quem são.
Bandas nos procurem!!!!!!

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